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João Jardim desmente qualquer intenção de se demitir

Alberto João Jardim considera «sem qualquer fundamento» a notícia sobre a sua eventual demissão de presidente do Governo Regional da Madeira, mas promete «combate político» a José Sócrates e Teixeira dos Santos que classifica de «altamente perigosos».

Esta quinta-feira, em Bruxelas, Alberto João Jardim disse que a notícia sobre a sua eventual demissão «não tem qualquer fundamento».

O líder madeirense admite que a sua demissão «podia ser uma hipótese face ao ataque que o governo Sócrates está a fazer à Região Autónoma da Madeira», mas que o compromisso que tem com o povo madeirense para governar durante quatro anos o impedem de ir por esse caminho.

«Eleições agora iriam criar mais seis meses que não eram carne nem peixe», insiste o presidente da Região Autónoma.

O jornal Diário de Notícias da Madeira noticiou hoje que o presidente do governo regional admitia demitir-se do cargo para «precipitar um processo de eleições antecipadas na Região».

O jornal afirma que Jardim «deixou escapar esta predisposição junto do seu círculo».

No mesmo artigo, intitulado «provocar eleições antecipadas pode ser plano de Jardim», o DN aponta que tanto os dirigentes partidários da oposição política insular como os colaboradores do líder madeirense «definem esta teoria como especulação».

Alberto João Jardim é da opinião que, a haver eleições antecipadas na Região, a situação iria manter-se inalterada porque os madeirenses iriam renovar a confiança no seu actual dirigente.

O presidente da região autónoma alerta para o «grande risco social/económico, e também no campo do emprego e da sobrevivência das famílias», a continuação no cargo do primeiro-ministro, José Sócrates, e do ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos.

«São altamente perigosos para o futuro das famílias portuguesas. Aqui é que é o combate político», sublinha Alberto João Jardim.

O líder madeirense crítica a proposta de Lei das Finanças Regionais que está a ser discutida na Assembleia da República e acusa os dois responsáveis do governo central de «instrumentalizar o Estado e as verbas do Estado».

«Esta política não lembra o diabo, sobretudo pegar nos dinheiros do Estado e brincar ao Partido Socialista com os dinheiros do Estado», desabafou Alberto João Jardim.

O responsável regional considera que Sócrates e Teixeira dos Santos «violaram» a Constituição visto que, segundo ele, «no seu artigo 118 é dito que as receitas do Orçamento de Estado no ano seguinte não podem ser inferiores ao do ano anterior».

«Aqui é que está a maldade», diz Jardim, acrescentando que o problema não é só dos madeirenses mas de todos os portugueses.

Redação