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PCP diz que proposta «vira o disco e toca o mesmo»

O PCP anunciou no Parlamento que vai votar contra o Orçamento de Estado para 2007 caso se mantenha a actual proposta do Governo. O deputado Honório Novo considera que o documento «vira o disco e toca o mesmo», de maneira «ainda mais desafinada» que no ano passado.

O deputado comunista, Honório Novo, diz que o documento passa ao lado da realidade dos portugueses, em especial dos mais desfavorecidos.

«A não ser que surja um rebate de consciência do Governo e não é esperável que suceda, aquilo que nos permitiu esta leitura de 12 horas (da proposta do OE para 2007) é o confirmar e acentuar dos traços negativos que já vinham indiciados. Portanto, o nosso voto não poderá deixar de ser contra esta desafinação completa», afirmou.

Em conferência de imprensa, esta tarde, no Parlamento, Honório Novo explicou mais em detalhe porquê que o PCP considera que este é um Orçamento problemático.

«Vira o disco e toca o mesmo, ou se quiserem, toca o mesmo de uma forma ainda mais desafinada», criticou.

«Confirma-se o acentuar da divergência com a União Europeia e uma contracção feita à custa dos mesmos: dos salários, que continuam a descer, do investimento público, que volta a cair, e dos cortes nas despesas sociais, designadamente na área da saúde», prosseguiu.

O deputado comunista contestou em particular o orçamento para esta último sector, onde «as taxas moderadoras se reproduzem como coelhos e as comparticipações do Estado nos medicamentos diminuem».

«Nos benefícios fiscais, um sector que perde é o dos deficientes. Isto diz tudo», alertou.

Honório Novo lamentou também o aumento das comparticipações para a Caixa Geral de Aposentações das universidades e politécnicos, bem como das autarquias.

Redação