Contrariando a posição de Ribeiro e Castro, Nuno Melo veio esta quarta-feira garantir que o grupo parlamentar do CDS-PP não vai deixar passar um orçamento de Estado que é mau. O líder da bancada diz que a posição do CDS-PP em relação a estes casos é muito clara.
Terça-feira, no dia em que o orçamento foi apresentado publicamente por Teixeira dos Santos, e ainda antes de conhecer o conteúdo do documento, Ribeiro e Castro admitiu o voto a favor ou a abstenção.
Nuno Melo diz que o presidente do partido pode dizer o que quiser. «Não tenho de concordar ou deixar de concordar. O presidente do partido foi eleito em Congresso, o presidente falou, está falado», disse.
«A primeira leitura que eu fiz, e que é um bocado superficial, reflecte um orçamento que é mau, e em relação àquilo que é mau votamos contra», afirmou Nuno Melo, à margem de uma conferência de imprensa sobre aborto.
Entretanto, foram já várias as vozes que, dentro do CDS-PP, criticaram o Orçamento, caso do ex-líder parlamentar Telmo Correia que considerou este documento «um orçamento mau de um Governo sofrível».
«Tudo visto e ponderado acho e espero que a posição do CDS deve ser de princípio contra, a não ser que haja alterações muito significativas», disse Telmo Correia.
Também o ex-vice-presidente do CDS-PP António Pires de Lima defendeu hoje, na TSF, que em relação a este orçamento «só o voto contra faz sentido», enquanto o ex-líder Paulo Portas, no seu programa na SIC-Notícias, classificou terça-feira à noite o OE 2007 como «decepcionante».