A direcção do PSD rejeitou, este domingo, o desafio de Luís Filipe Menezes para a apresentar uma moção de censura ao Governo, considerando que isso iria abrir uma «crise política» que só traria «descrédito» para os sociais-democratas.
Segundo o vogal da comissão política nacional social-democrata Álvaro Amaro, «a apresentação de uma moção de censura iria abrir uma crise política, seria um disparate que só serviria para fazer o jogo do engenheiro Sócrates e iria trazer o descrédito para o PSD».
Em declarações à TSF, sábado à noite, Luís Filipe Menezes desafiou a direcção social-democrata a apresentar uma moção de censura ao Governo no Parlamento, alegando que o partido «não pode estar de férias» na oposição face aos acontecimentos desta última semana.
«Eu não tenho de criticar o que o meu partido está a fazer [quanto à oposição ao governo]. Tenho é de fazer propostas. O partido não pode estar de férias numa semana como esta», adiantou o autarca de Vila Nova de Gaia.
Confrontado com estas declarações, Álvaro Amaro recusou o desafio de Luís Filipe Menezes, considerando que se «trata de um tipo de política de espalhafato e oportunista».
Álvaro Amaro rejeitou ainda as críticas do autarca de Vila Nova de Gaia à forma como o PSD está a fazer oposição ao executivo socialista, salientando que os sociais-democratas «fazem censura ao Governo todos os dias de forma firme e credível».
Pelo contrário, acrescentou Álvaro Amaro, «Luís Filipe Menezes passa o tempo a criticar a direcção do partido».