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Medidas do Governo são de ataque ao SNS

O secretário-geral do PCPP, Jerónimo de Sousa, considerou, este domingo, que as medidas anunciadas pelo Governo na área da Saúde são de «ataque ao Serviço Nacional de Saúde».

Na sessão de encerramento da VII Assembleia da Organização Regional de Viseu do PCP, que decorreu durante a tarde de hoje na Escola Secundária Emídio Navarro, em Viseu, o secretário-geral do PCP enumerou algumas medidas anunciadas pelo Governo de José Sócrates, que considera «de ataque ao Serviço Nacional de Saúde».

O encerramento de 14 urgências hospitalares; aumento das taxas moderadoras e criação de novas para os internamentos hospitalares e actos cirúrgicos; encerramento de SAP e maternidades; e diminuição da comparticipação em muitos medicamentos, são algumas das medidas anunciadas pelo Governo, criticadas pelo líder do PCP.

Sobre o encerramento das urgências, Jerónimo de Sousa frisou que «é mais uma medida para limitar e dificultar o acesso das populações aos cuidados de saúde».

«Força o encaminhamento dos doentes para clínicas privadas e de crescente desresponsabilização do Estado na concretização do direito à saúde», acrescentou.

Segundo Jerónimo de Sousa, estas medidas apresentadas «ao mesmo tempo que demagogicamente se anunciam descidas no preço dos medicamentos e abertura de novas urgências em centros de saúde (..) escondem que as descidas anunciadas não compensam».

«Tal como não dizem que as novas urgências que pretendem abrir para atenuar o encerramento das hospitalares são apenas urgências básicas, sem condições nem meios para responder com eficácia aos problemas mais exigentes da saúde da população», acusou.

O dirigente comunista referiu que com esta medida, «mais de um milhão de portugueses ficarão a mais de 45 minutos de uma urgência hospitalar qualificada».

Redação