portugal

Governo demonstra «desorientação total e completa»

Marques Mendes entende que o Governo está a demonstrar uma «desorientação total e completa». No Seixal, o líder do PSD que esta «desorientação» está na base da incapacidade socialista em reformar o Estado.

O líder do PSD acusou o Governo de demonstrar uma «desorientação total e completa», considerando que está a desperdiçar a maioria absoluta que detém, que lhe daria «todas as condições para governar».

No final de um jantar com militantes sociais-democratas no Seixal, Marques Mendes recordou o anúncio do fim da crise feito pelo ministro da Economia e o desmentido dos sindicatos da Educação relativo a um acordo com o Ministério da Educação anunciado por José Sócrates para justificar a sua opinião.

«A desorientação é tão grande que já não há máquina de propopaganda que consiga resistir. Já não há maquina de propaganda que consiga disfarçar e encobrir tanto disparate, asneira e trapalhada ao mesmo tempo», adiantou.

Para o presidente do PSD, esta «desorientação» está na base da incapacidade socialista para reformar o Estado, algo que deveria fazer em vez de, segundo Marques Mendes, «hostilizar, semana a semana, os funcionários públicos».

Marques Mendes entende que o Governo está a «reincidir» no não cumprimento da baixa de impostos, ao propor o seu aumento no Orçamento de Estado para 2007.

«Mais impostos para os reformados, mais impostos para os funcionários públicos. Até nesta voracidade fiscal não escaparam os deficientes. Maior falta de sensibilidade social é absolutamente impossível», continuou.

Numa referência irónica, o líder social-democrata aproveitou ainda para dizer que agora o PSD está a ser visado directamente nas mais recentes críticas de José Sócrates feitas durante a sua campanha para o congresso do PS, algo que Marques Mendes até considerou um «privilégio».

«Antes o PSD não era importante. Agora já tem o privilégio de uma palavra directa do primeiro-ministro», adiantou o presidente dos sociais-democratas, que lamentou o facto de o primeiro-ministro passar mais tempo a atacar o PSD «do que a pôr a casa em ordem».

No seu discurso, Marques Mendes mostrou ainda desejo em ser primeiro-ministro em 2009, não querendo, contudo, «herdar um país com uma economia de rastos, com uma justiça que não funciona e as finanças públicas descontroladas».

Redação