mais de metade dos portugueses votaria "sim" no referendo à despenalização do aborto a pedido da mulher nas dez primeiras semanas, caso a consulta se realizasse hoje,segundo uma sondagem da Marktest para a TSF e DN. Os homens, os mais jovens e os de classe média-alta são os mais favoráveis à interrupção voluntária da gravidez.
A maioria dos portugueses (63 por cento) votaria "sim" no referendo à despenalização do aborto a pedido da mulher nas dez primeiras semanas, caso a consulta se realizasse hoje.
De acordo com uma sondagem da Marktest para a TSF e DN, o "não" recolheria 27 por cento das opiniões.
São sobretudo os homens, os mais jovens e os de classe média-alta os mais favoráveis à interrupção voluntária da gravidez a pedido da mulher, nas dez primeiras semanas de gestação em estabelecimento de saúde devidamente autorizado.
Em contrapartida, as mulheres, os mais idosos e os de classe baixa são os mais reticentes nesta matéria.
Geograficamente, é na Grande Lisboa e no Grande Porto e no Litoral Norte e Centro que o "sim" conquista mais apoiantes. Já no Sul e Interior Norte, o "não" recolhe mais respostas.
Entre os oito por cento de indecisos estão homens e mulheres de idade mais avançada, de classe baixa e potenciais votantes no PSD.
De acordo com o estudo de opinião, o "não" colhe mais opiniões entre sociais-democratas (37 por cento) do que em socialistas (17 por cento).
Dois por cento dos inquiridos disseram que não sabem ou não responderam às questões colocadas.
Para esta sondagem foram realizadas, entre 17 e 20 de Outubro, 809 entrevistas telefónicas, a partir da rede fixa, das quais 419 foram a mulheres. A margem de erro situa-se nos 3,45 por cento.