Os assessores do primeiro-ministro negaram, esta quinta-feira, à Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERC) que o Governo tenha tentado intervir na informação da RTP, considerando que as acusações feitas pelo deputado do PSD, Agostinho Branquinho, são «infundadas».
«Tive oportunidade de dizer [ao conselho regulador da ERC] que este episódio está baseado em factos falsos e infundados, que se limitam a pôr em causa a dignidade profissional das pessoas envolvidas ou pretensamente envolvidas», afirmou o assessor Luís Bernardo à saída
da audição.
«Espero que o autor destas acusações tenha a dignidade de se retratar publicamente e dizer a verdade, isto é, que isto é completamente falso», acrescentou.
Também David Damião rejeitou que tenha havido qualquer intervenção do Governo na estação pública, adiantando apenas ter ido à ERC «desmentir este tipo de acusações».
A audição dos dois assessores de José Sócrates foi pedida pela entidade reguladora dos media, na sequência de acusações feitas pelo vice-presidente do grupo parlamentar do PSD em declarações ao semanário Expresso, segundo quem o gabinete do primeiro-ministro contactou os responsáveis pelo alinhamento do noticiário da RTP 1 com o objectivo de alterar o "Telejornal".
De acordo com Luís Bernardo, as acusações «não têm qualquer tipo de fundamento», até porque «é impossível um pivot de telejornal ser um interlocutor quando a emissão está a decorrer».