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Encontro em Portugal sem FARC e norte-coreanos

Portugal vai receber pela primeira vez o Encontro Internacional dos Partidos Comunistas e Operários, encontro que até agora se tinha realizado sempre na Grécia. A vinda das delegações das FARC e do Partido do Trabalho da Coreia do Norte que esteve prevista não vai acontecer.

Portugal recebe, pela primeira vez, a partir desta sexta-feira, o Encontro Internacional de Partidos Comunistas e Operários, uma edição que não contará com a presença de representantes das FARC e do Partido do Trabalho da Coreia do Norte.

A participação de representantes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e de comunistas vindos da Coreia do Norte chegou a estar programada, mas afinal não se vai concretizar.

O Partido do Trabalho da Coreia do Norte declinou o convite para participar neste encontro que será pela primeira vez realizado fora da Grécia, devido à situação do seu país e do que se passa na Ásia do Sul.

Em declarações à TSF, Ângelo Alves, da Comissão Política, do PCP, adiantou que se representantes dos comunistas norte-coreanos estivessem presentes no encontro isso não levantaria qualquer problema.

«O PCP tem um projecto de socialismo para Portugal que passa pelo aprofundamento da democracia avançada e portanto quem quiser colar ao PCP outros modelos e outros projectos estará a cometer um erro político ou então uma desonestidade», explicou.

Este dirigente comunista justificou o facto de quase todo o encontro, à excepção da sessão de abertura que contará com uma intervenção do secretário-geral do PCP Jerónimo de Sousa, ser realizado à porta fechada por uma questão de «serenidade dos trabalhos».

«Isto não quer dizer que o encontro seja de algum modo secreto como já alguém tentou fazer passar. É um encontro em que todas as intervenções que vão ser proferidas vão ser publicadas no nosso site da Internet e posteriormente editadas num livro que ficará como testemunho da história deste encontro», acrescentou.

Ângelo Alves considerou ainda que há uma «convergência muito grande» entre os vários partidos comunistas que vão estar presentes neste encontro e que vêm de países como a África do Sul, Grécia, Rússia e Cuba.

Este dirigente assinalou convergências «na crítica ao actual sistema dominante no mundo», «naquilo que é a identificação dos efeitos das políticas neo-liberais das políticas que hoje dominam em quase todo o mundo» e «na ideia central que o socialismo é efectivamente a alternativa real à actual situação».

A oitava edição deste encontro decorre até domingo com a participação de 70 delegações partidárias de todo o mundo, estando prevista a divulgação das conclusões para a tarde de domingo através de um comunicado conjunto.

O encontro irá debruçar-se sobre os «perigos e potencialidades da situação internacional, a estartégia do imperialismo e a questão enérgica, bem como a luta dos povos e a experiência da América Latina, assim como a prespectiva do socialismo.

Redação