A reunião do Procurador-geral da República com o primeiro-ministro e dois ministros, noticiada pelo semanário «Sol» teve como objectivo analisar os meios necessários para combate à criminalidade económica. A explicação foi dada pela Procuradoria-geral da República que diz que reuniões semelhantes já ocorreram no passado.
A reunião do Procurador-geral da República com o primeiro-ministro e dois dos seus ministros, noticiada este sábado pelo semanário «Sol» visava analisar os meios necessários para combate eficazmente a criminalidade económica.
De acordo com o jornal, José Sócrates «chamou" terça-feira a São Bento o Procurador-geral da República (PGR), Pinto Monteiro, por estar preocupado com a imagem negativa da banca» no âmbito do processo "Operação Furacão".
O jornal adianta que, no almoço, estiveram presentes os ministros das Finanças, Teixeira dos Santos, e da Justiça, Alberto Costa.
Numa nota divulgada, este sábado ao inicio da noite, a Procuradoria-geral da República esclarece que o «PGR foi recebido pelo primeiro-ministro, ministro das Finanças e ministro da Justiça com vista à análise de meios necessários e indispensáveis a um combate eficaz à criminalidade económica».
«Foi e é a preocupação do PGR a obtenção de um reforço de meios que torne possível conseguir resultados em tempo útil», diz a nota.
Segundo a Procuradoria-geral da República, «reuniões semelhantes têm ocorrido entre membros de anteriores governos e anteriores PGR com idênticos fins».
Na sequência da notícia, o PSD acusou o Governo de «ingerência inaceitável» no funcionamento do Ministério Público e criticou o Procurador-geral da República por ter aceite conversar com o Governo sobre a "Operação Furacão".