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Marques Mendes assume agenda separada de Belém

Marques Mendes não espera uma ajuda de Belém para chegar ao Governo em 2009. Em causa estão as divergências assumidas com Cavaco Silva no que respeita à actuação do Governo. O líder do PSD afirma que seguirá uma agenda separada de Belém. Sobre as criticas de Augusto Santos Silva, Marques Mendes fala em provincianismo e falta de educação do ministro.

Marques Mendes não quer perder nem mais um minuto com ministros do Governo que comentam e analisam as declarações do líder do maior partido da oposição dentro ou fora do pais.

Referindo-se às declarações do ministro dos Assuntos Parlamentares, Augusto Santos Silva, o líder social-democrata classificou a actuação do governante como provincianista e acusou-o de falta de educação.

«Esse é um ministro que já se especializou por não ser um bom exemplo em matéria de educação. Mas não me condiciona, em Portugal ou fora de Portugal eu digo aquilo sempre que penso», disse Marques Mendes durante a sua visita ao Brasil.

Questionado sobre se as pessoas fora do país querem ouvir criticas à actuação do governo português, Marques Mendes respondeu que «querem ouvir a verdade. Isso é provincianismo. Em Portugal ou fora de Portugal fala-se com verdade e a mim ninguém me condiciona».

Numa alusão às declarações de Cavaco Silva na entrevista à SIC, Marques Mendes diz que ninguém condiciona o que diz, muito menos o Presidente da República com quem assume algumas divergências.

«O Presidente da República cumpre a sua missão e a sua agendas. O PSD cumpre a sua missão e a sua agenda. O PSD está habituado a chegar ao poder pelos seus méritos próprios e pelas suas propostas autónomas e é assim que vamos fazer», adiantou.

O líder do PSD desvalorizou, também, as críticas internas que têm sido feitas por Luís Felipe Menezes optando por não as comentar.

Redação