Cândida Almeida rejeitou o convite para assumir o cargo de Procuradora-distrital de Lisboa. Cândida Almeida, que é responsável pelas investigações mais mediáticas e complexas do Ministério Público, não aceitou o convite endereçado pelo Procurador-Geral da República.
Cândida de Almeida terá argumentado que só sai da direcção do Departamento Central de Investigação e Acção Penal se for promovida para o Supremo Tribunal de Justiça.
Pinto Monteiro queria que Cândida de Almeida substituísse Dias Borges, que está a caminho da reforma. Perante a recusa da procuradora, o PGR escolheu Boaventura Marques da Costa.
Depois das dificuldades para fazer aprovar o nome de Mário Gomes Dias, para o cargo de vice-Procurador Geral, Pinto Monteiro está a ser alvo de críticas veladas por tentar controlar o Departamento Central de Investigação, a estrutura que trata os casos mais complexos e mediáticos, como as alegadas fugas da banca ao fisco, a chamada operação "Furacão", ou a investigação a Isaltino Morais.
Há quem diga que este convite foi uma tentativa de Pinto Monteiro tirar Cândida Almeirda, considerada imune a pressões, do DIAP para depois nomear uma pessoa que pudesse ser controlada.