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PT assume erro no envio de registos telefónicos

A directora do departamento jurídico da Portugal Telecom asumiu, esta quinta-feira, que existiu um erro no envio dos registos telefónicos de Paulo Pedroso. Porém, Isabel Sequeira afirmou que o facto aconteceu por desconhecimento e não por «dolo» ou «negligência».

Durante uma audição na comissão eventual de inquérito parlamentar sobre o «Envelope 9», proposto pelo Bloco de Esquerda, Isabel Sequeira justificou que «o problema foi um erro na retirada de informação e no enviou de informação a mais».

A directora do departamento jurídico da PT admitiu que a empresa de telecomunicações forneceu «bastante informação a mais» do que a solicitada pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária, mas garantiu que tal «não foi intencional».

«A PT não tinha consciência de que estava a fornecer informação a mais do que a solicitada», revelou, reconhecendo que só em Janeiro deste ano, quando o caso foi divulgado pelo jornal «24 Horas», é que a empresa «tomou essa consciência».

«Até então, nunca nos passou pela cabeça que isso tenha acontecido», salientou, considerando que, apesar de ter existido um «erro», não existiu «dolo» ou «negligência».

Questionada pelos deputados sobre como se desenrolou o processo, Isabel Sequeira explicou que, depois de o gabinete jurídico receber o pedido para fornecer os registos telefónicos de Paulo Pedroso, contactou o «backoffice», que por sua vez solicitou esses dados à «área de sistemas de informação».

A área de sistemas de informação, que «não sabia para que era a informação solicitada», nem que se destinava ao gabinete jurídico, enviou um ficheiro com os dados solicitados, «mas sem a preocupação de limpar a informação a mais», acrescentou.

Redação