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Procurador vai investigar pressões sobre magistrados

O Procurador-geral da República assegurou que vai investigar as pressões que existiram sobre os magistrados ligados ao processo «Apito Dourado». Em declarações ao «Correio da Manhã», Pinto Monteiro diz ter confirmado a existência destas pressões após conversa com Carlos Teixeira.

O Procurador-geral da República vai investigar as alegadas pressões e perseguições sobre os magistrados ligados à investigação do processo «Apito Dourado», revela a edição desta quinta-feira do «Correio da Manhã».

Em declarações a este diário, Pinto Monteiro acrescentou que só teve conhecimento destas denúncias no domingo após ter lido uma notícia no jornal, frisando que considera que estas pressões são «muito graves», pois colocam em causa o próprio Estado.

O procurador já confirmou estas denúncias junto de Carlos Teixeira, o magistrado que tem em mãos este processo, tendo Pinto Monteiro assegurado que serão colocadas em prática todas as medidas necessárias para investigar esta situação.

Pinto Monteiro adiantou que a reunião que teve em Lisboa com Carlos Teixeira lhe permitiu ficar ao corrente de tudo e que já leu o livro de Carolina Salgado, onde são feitas acusações ao presidente do FC Porto, Pinto da Costa.

O PGR, que não quis fazer qualquer comentário sobre aquilo que leu no livro da antiga companheira de Pinto de Costa, garantiu que a Procuradoria vai emitir um comunicado sobre o assunto nos próximos dias.

O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público lamentou que o Estado não tenha sido solitário com os magistrados ligados ao processo «Apito Dourado» e que não tenha garantido a sua segurança.

«Tem de haver uma solidariedade institucional e uma situação destas, que não mereceu um discurso forte e vigoroso, pode tender a repetir-se», acrescentou António Cluny, que entende que as instituições do Estado deveriam ter condenado publicamente a situação.

«É isto que se espera dum país onde o relacionamento entre as instituições é normal e democrático e visa o bem comum», concluiu António Cluny, em declarações à TSF.

Redação