A decisão de escolher Maria José morgado para dirigir e coordenar todos os processos do "Apito Dourado" foi anunciada esta quinta-feira ao fim da tarde na Procuradoria-Geral da República. Pinto Monteiro sublinhou que Maria José Morgado foi a primeira e única escolha.
O Procurador-Geral da República (PGR) decidiu concentrar toda a investigação do "Apito Dourado" numa única comissão, a trabalhar na Procuradoria-Geral, uma vez que há muitos processos dispersos pelo país. Mas garante que a escolha não foi motivada pelas revelações do livro de Carolina Salgado.
Amélia Cordeiro, chefe de gabinete de Pinto Monteiro, disse à TSF que esta decisão já estava há muito pensada: «Tem sido um processo que tem preocupado o PGR, e a ideia de concentrar toda a investigação, devido à grande dispersão territorial, já estava a ser pensada há muito tempo».
O Procurador-Geral da República, Pinto Monteiro, disse hoje à Lusa que a magistrada Maria José Morgado «aceitou sem receio» a nomeação para dirigir a investigação dos inquéritos, instaurados ou a instaurar, conexos com o processo "Apito Dourado".
«A procuradora Maria José Morgado foi a minha primeira escolha para liderar a equipa, convidei-a quarta-feira e ela aceitou, o que me deixou muito satisfeito», afirmou Pinto Monteiro, em declarações à agência Lusa.
O PGR vai reunir sexta-feira com a nova coordenadora do processo "Apito Dourado" para formarem a equipa.
«A equipa será pequena, deverá ser formada por dois ou três procuradores do Ministério Público, mais dois ou três inspectores da Polícia Judiciária, e funcionários judiciais», salientou o PGR.