O Procurador-geral da República confirmou que a coordenadora dos processos relacionados com o «Apito Dourado» pode vir a reabrir processos entretanto arquivados. Maria José Morgado reúne-se esta sexta-feira com Pinto Monteiro para escolher a equipa que a vai acompanhar.
O Procurador-geral da República admitiu que alguns dos processos arquivados no âmbito do processo «Apito Dourado» poderão ser reabertos para serem investigados com maior profundidade.
Em declarações ao «Jornal de Noticias», Pinto Monteiro clarificou que essa é uma das possibilidades que Maria José Morgado terá enquanto coordenadora de todos os processos relativos a este caso.
Das 25 mil páginas do processo, foram extraídas 81 certidões, certidões estas que estão distribuídas por 27 comarcas e que têm como arguidos figuras como Pinto da Costa, Valentim Loureiro e Pinto de Sousa, tendo até agora 18 sido arquivadas
A equipa dirigida pela procuradora-geral adjunta pode ainda ficar com processos que não foram extraídos do processo como o caso da agressão ao ex-vereador da Câmara de Gondomar, Ricardo Bexiga.
Em declarações à agência Lusa, Maria José Morgado escusou-se a comentar a sua nomeação para a coordenação de todos os inquéritos relacionados com o «Apito Dourado».
A procuradora, que vai reunir esta sexta-feira com Pinto Monteiro, disse não querer «ampliar as declarações» do procurador-geral que disse que Maria José Morgado foi a sua «primeira escolha» para este cargo. «A minha prioridade é não falar», acrescentou Maria José Morgado.
Ouvida pelo «Público», a procuradora pediu apenas para que os portugueses acreditem na no Ministério Público, na polícia e nos tribunais.
Na reunião que terá esta sexta-feira, Maria José Morgado irá escolher a equipa que vai coordenar, uma equipa que Pinto Monteiro, em declarações à Lusa, já adiantou ser «pequena» e que deverá ser formada por «dois ou três procuradores do Ministério Público, mais dois ou três inspectores da PJ e funcionários judiciais».