A mensagem de Natal do primeiro-ministro ficou marcada por palavras de optimismo e por um pedido a todos de mais esforço e confiança na recuperação do país. José Sócrates advertiu, no entanto, que Portugal ainda tem um longo caminho a percorrer.
A mensagem de Natal do primeiro-ministro ficou marcada por palavras de optimismo e por um pedido a todos de mais esforço.
Na sua segunda mensagem de Natal enquanto chefe de Governo, José Sócrates falou na economia no emprego e nas contas públicas para defender que o país está no caminho certo mas ainda tem um longo caminho a percorrer.
«Melhorou a confiança - nos consumidores e nos empresários. Melhorou a economia - com previsões de crescimento económico acima de todas as expectativas. Melhoraram as nossas exportações - as empresas portuguesas estão a vender mais e melhor no mercado global», considerou o primeiro-ministro, antes de defender também progressos ao nível do combate ao desemprego.
Segundo Sócrates, este ano, Portugal vai cumprir o objectivo central de redução do défice para 4,6 por cento, o que, na sua perspectiva, demonstra que o país está a conseguir «pôr as contas públicas em ordem».
«Sei que o Governo está a pedir a todos um esforço maior, mas os portugueses sabem bem que nenhum país progride sem um esforço maior de todos os seus cidadãos. Não há alternativa ao trabalho árduo», referiu o primeiro-ministro, numa nota de moderação do optimismo.
Na sua mensagem, o primeiro-ministro afirmou também que o seu pensamento na presente quadra do Natal se dirige sobretudo aos «mais desfavorecidos da nossa sociedade: os mais pobres, os doentes, aqueles que estão sós e que precisam de todo o nosso afecto e de todo o nosso espírito de entreajuda».
José Sócrates deixou também palavras destinadas aos emigrantes portugueses espalhados pelo mundo, dizendo que o país se «orgulha» deles, e aos imigrantes «que procuram em Portugal uma vida melhor e que assim contribuem para o progresso do nosso país».
«É com gosto que vos acolhemos no nosso país e neste tempo gostaríamos que se sentissem em vossa casa», salientou o chefe do Governo, antes de sublinhar o seu «profundo reconhecimento» pela acção dos militares portugueses integrados «em missões de paz no estrangeiro».
Esta mensagem de Natal apresenta uma nítida diferença de tom relativamente à do ano passado. Em 2005 José Sócrates pediu compreensão e cooperação para as políticas do Governo.