portugal

Mensagem de Sócrates foi «demasiado optimista»

O dirigente do Bloco de Esquerda considera que José Sócrates foi demasiado optimista na mensagem de Natal que dirigiu ao país. Francisco Louçã lembra os14 mil jovens licenciados que, no último mês, contribuíram para o aumento de desemprego. Uma ideia igualmente partilhada por Nuno Melo.

O dirigente do Bloco de Esquerda considera que José Sócrates foi demasiado optimista na mensagem de Natal que dirigiu ao país.

O primeiro-ministro sustentou que a «passo e passo» a situação de Portugal está a melhorar.

Em declarações à TSF, Francisco Louçã lembrou os cerca de 14 mil jovens licenciados que, no último mês, contribuíram para aumentar o número de desempregados.

«É certo que existem ligeiríssimas melhorias na economia portuguesa, mas elas não estão a traduzir-se em melhorias para a grande maioria das pessoas», disse.

«Daqui a poucos dias vai aumentar o preço da electricidade em seis por cento, uma situação totalmente injustificada e, no último trimestre, o número de desenpregados aumentou em relação ao trimestre anterior, mas, muito em particular, o primeiro-ministro devia estar atento ao facto de que, só no último mês, houve mais 14 mil jovens licenciados que entraram no desemprego», argumentou.

No entender de Louçã, «2007 vai de ser um ano de muitos riscos, muitas dificuldades, muitos sacrifícios e muitos abusos que continuam a ser absolutamente injustificados».

Na mesma linha, o líder parlamentar do CDS-PP considerou que a mensagem de José Sócrates foi mais própria do «secretário-geral do PS do que de um primeiro-ministro».

«Embora reflicta algum optimismo, próprio da época, a mensagem ignorou factos fundamentais que um primeiro-ministro deveria abordar», afirmou Nuno Melo, dando como exemplos o facto de Portugal «não estar a convergir» com a média da União Europeia ou a situação do desemprego no país.

Redação