O Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social recusou as acusações do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, que responsabilizou o governo pela morte da menina por alegados maus-tratos. O ministério acusa ainda o sindicato de «aproveitamento político-sindical» da situação.
O Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social rejeitou, este sábado, as acusações do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), que responsabilizou o governo pela morte de uma criança, alegadamente vitima de maus-tratos, em Monção.
O STE acusou o governo de não fornecer meios suficientes às Comissões de Protecção de Menores em Risco, o que impede os técnicos de actuar de modo eficaz, como aconteceu no caso de Sara, a menina de dois anos alegadamente vitima de maus tratos pelos pais.
Em comunicado divulgado esta sexta-feira, o STE afirma que a menina «morreu porque o Governo não quer dotar as Comissões de pessoal qualificado», sendo que o existente já «acumula funções».
O sindicato conta que a Comissão de Protecção de Menores em Risco de Monção recebeu uma «denúncia da educadora de infância», a 4 de Dezembro, por alegados maus tratos, mas só marcou a visita para 28 de Dezembro «porque não tem ao seu serviço pessoal a tempo inteiro».
Em resposta, numa nota divulgada este sábado, o ministério liderado por Vieira da Silva afirma que os acontecimentos que levaram à morte da menina de Monção «estão a ser avaliados», bem como todos «os procedimentos e actuação de todas as entidades intervenientes».
O Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social critica também as declarações «inaceitáveis e lamentáveis» do sindicato, acusando-o de «polémicas irresponsáveis e tentativas de aproveitamento de natureza político-sindical».