As empresas do consórcio alemão que estão a construir os submarinos para Portugal não explicaram a razão pela qual depositaram 24 milhões de euros nas contas de uma empresa do grupo Espírito Santo. Entretanto, o Ministério da Defesa recusou-se a divulgar pormenores sobre este negócio, alegando que há matéria sujeita a segredo de Estado.
As empresas do consórcio alemão GSC que estão a construir os submarinos para a marinha portuguesa recusam-se a explicar porque depositaram 24 milhões de euros nas contas de uma empresa do grupo Espírito Santo.
Na altura em que foi negociada a venda destes submarinos, várias empresas alemãs prometeram como «contrapartida» a salvaguarda os interesses económicos das empresas portuguesas.
Segundo Daniel Rheinhard, porta-voz da MAN Ferrostahl, de Essen, esta empresa germânica apoiou a Lisnave em áreas económicas e administrativas, tendo mediado um negócio de transferência de uma licença passada à Salvador Caetano para a utilização de chassis da MAN.
Entretanto, o Ministério da Defesa já recusou divulgar os pormenores sobre o negócio de venda destes submarinos, isto depois de Paulo Portas ter revelado que não se opunha à revelação destes pormenores.
Contactado pela TSF, o ministério recorda que estes contratos não podem ser divulgados pois incluem matéria como os requisitos técnicos e operacionais dos submarinos, que é sujeita a segredo de Estado.