Depois do PSD, também o CDS-PP considera que as leis da República são para cumprir mas com uma ressalva a respeito da polémica por causa da lei do aborto que ainda não foi aplicada na Madeira. O Governo de Lisboa esqueceu-se de que há autonomia regional.
«Entendam-se! Com certeza que as leis são gerais e se aplicam em todo o território, mas têm de ser leis bem feitas», alertou Paulo Portas, sublinhando que «a lei não previu que os sistemas de saúde nas regiões autónomas estão regionalizados».
Paulo Portas respondeu desta forma ao primeiro-ministro José Sócrates que, na quarta-feira à noite, desafiou os líderes do PSD e CDS-PP a tomarem posição nesta matéria.
«A minha prioridade é o país, esta é a prioridade do engenheiro José Sócrates. Entendam-se!», reiterou Portas, perante a insistência dos jornalistas, no final de uma reunião com as estruturas concelhia e distrital de Lisboa do partido.
Em entrevista à SIC, na quarta-feira, o primeiro-ministro considerou «inadmissível» a resistência do Governo Regional da Madeira em aplicar em lei do aborto e considerou «ensurdecedor o silêncio» dos líderes do PSD e CDS-PP sobre esta matéria.
E se o primeiro-ministro se diz surpreendido com a utilização de crianças em anúncios do Estado, Paulo Portas diz que é inaceitável e quer saber se há mais casos.
«O grupo parlamentar do CDS-PP vai perguntar ao Governo quantas vezes anúncios de políticas do Governo foram condicionados a empresas publicitárias com recurso, ou não, a figurantes», promete Paulo Portas.