O novo líder do PS Madeira acusou o Governo de José Sócrates de atacar os direitos sociais dos portugueses. No congresso em que assumiu funções, João Carlos Gouveia disse que o Executivo revela insensibilidade perante os problemas dos cidadãos.
O presidente eleito do PS Madeira acusou sábado, o Governo de José Sócrates de insensibilidade social em relação às famílias madeirenses e aos portugueses.
No congresso em que assumiu funções, João Carlos Gouveia admitiu que algumas medidas apesar de impopulares são necessárias mas considerou que os ataques aos direitos sociais são excessivos.
«Sem questionarmos as necessidades de algumas medidas impopulares, consideramos que o Governo da República tem vindo a manifestar uma insensibilidade em relação aos cidadãos desfavorecidos. A economia tarda em absorver os milhares de desempregados enquanto continuam a falir empresas que empurram para o desespero cidadãos com nome próprio e não simples estatísticas», avançou João Carlos Gouveia.
O líder socialista na Madeira deu o exemplo dos funcionários públicos, considerando que o congelamento de carreiras e salários muito tem prejudicado a região.
Na apresentação da sua Moção Política Global de Orientação Regional "Um compromisso para o futuro", o presidente eleito do PS Madeira apelou também ao partido para que ouça a estrutura regional.
«O PS-M orgulha-se de integrar o PS, mas isso não impede a estrutura regional e os seus órgãos de discordarem de algumas políticas do PS nacional», referiu.
Para além de defender uma melhor comunicação entre as estruturas regional e nacional do partido, João Carlos Gouveia considerou que «o PS-M tem de se fazer ouvir a propósito das questões regionais quando estas são discutidas nos órgãos nacionais do PS».
O XIII Congresso do PS Madeira termina domingo com a eleição dos órgãos regionais do partido, participando na sessão de encerramento o dirigente nacional do PS, Augusto Santos Silva.