Mário Bettencourt Resendes gostou da decisão tomada por Cavaco Silva de vetar politicamente o diploma sobre o novo Estatuto do Jornalista. O porta-voz do grupo de responsáveis editoriais que contestou o documento admite que continua em aberto a possibilidade da criação de uma Ordem dos Jornalistas.
Mário Bettencourt Resendes gostou de conhecer a decisão do Presidente da República em vetar politicamente o diploma que altera o Estatuto do Jornalista.
Enquanto porta-voz do grupo de responsáveis editoriais que fez circular um documento crítico, subscrito por mais de 700 profissionais, Bettencourt Resendes admitiu reconhecer nas alegações de Cavaco Silvo «uma identidade genérica designadamente nas questões relacionadas com o sigilo profissional e com o regime sancionatório».
Agora, diz Bettencourt Resendes, é «fundamental» que o Parlamento e em particular a maioria «reflicta sobre tudo aquilo que se passou» e sobre as indicações dadas pelo Chefe de Estado.
«Eu acho que a reposta de bom senso seria proceder às alterações dos pontos do diploma que fundamentam a recusa de promulgação por parte do presidente», defendeu aquele responsável.
Mário Bettencourt Resendes admite, também, que continua em aberto a possibilidade da criação de uma Ordem dos Jornalistas, até para responder à questão do regime sancionatório «que não devia ser entregue à Comissão da Carteira de Jornalista».