O presidente do PS-Madeira não entende a razão que leva o presidente do Governo Regional a não o receber em audiência. João Carlos Gouveia não compreende porque foi acusado de difamar Alberto João Jardim, tendo lembrado que o presidente madeirense «insulta toda a gente».
O presidente do PS-Madeira não concorda com o facto de o presidente do Governo Regional recusar-se em recebê-lo em audiência, isto na sequência de um desentendimento que já dura há algum tempo entre João Carlos Gouveia e Alberto João Jardim.
Ouvido pela TSF, o líder dos socialistas madeirenses considerou que na base da sua condenação na Relação de Lisboa esteve o facto de ter sido acusado de difamação ao presidente do Governo Regional e a um membro do Conselho de Estado.
«E é precisamente um membro do Conselho de Estado que insulta toda a gente: veja o que ele disse em relação ao engenheiro Guterres, chamando-o 'mafioso', veja o que ele diz e continua a dizer do primeiro-ministro», acrescentou João Carlos Gouveia.
O presidente do PS madeirense questiona-se, por isso, se «o país e os titulares dos órgãos de soberania podem ficar impávidos e serenos e serem complacentes com um homem destes».
João Carlos Gouveia, que considera que os órgãos de soberania devem pôr Jardim «na ordem», acusou ainda o presidente do Governo Regional de confundir estas suas funções com as de líder partidário.
O líder dos socialistas madeirenses foi condenado há um ano pelo Tribunal do Funchal ao pagamento de 1500 euros de multa por ter difamado o presidente do Governo Regional, tendo ainda sido condenado a pagar outros 35 mil euros por ter escrito num jornal que a Madeira era um «paraíso criminal».
Mais recentemente, os desentendimentos entre João Carlos Gouveia e Alberto João Jardim continuaram depois de o presidente do Governo Regional se ter recusado a aplicar a lei referente ao aborto, algo que o líder do PS-Madeira considera ser «terrorismo de Estado».