A deputada social-democrata, Helena Lopes da Costa, vai apelar ao presidente da Assembleia da República e ao Procurador-Geral para que sejam feitas investigações no sentido de descobrir quem tem dirigido ameaças de morte a dois dos seus filhos.
Dois dos filhos da deputada social-democrata, apoiante de Luís Filipe Menezes, receberam no espaço de quatro dias ameaças de morte pelo telemóvel, sendo que o filho mais novo chegou mesmo a ser perseguido no aldeamento da Balaia, no Algarve, onde se encontram a passar férias.
A notícia, avançada este domingo pelo Diário de Noticias, foi confirmada por Helena Lopes da Costa, que afirma tratar-se de um processo de «coacção psicológica» sobre os filhos para que abandone a politica.
O teor dos telefonemas para ambos os filhos, também eles militantes do PSD, apontam nesse sentido, razão pela qual a deputada desconfia de motivações políticas.
«Custa-me a acreditar em motivações politicas, até porque sou militante há muitos anos e nunca vivi uma situação destas, mas há, de facto, coincidências muito estranhas», afirmou.
Uma dessas coincidências, relatada pela deputada, refere-se ao facto de ambos os filhos ameaçados serem militantes do PSD e dos seus números de telemóvel constarem da base de dados do partido.
Além disso, os indivíduos que têm feito as ameaças, um homem primeiro e depois uma mulher, revelaram saber tudo sobre a vida do filho mais novo da deputada, nomeadamente, onde estava a passar férias, qual a universidade que frequentava e que carro possuía.
As ameaças começaram no dia 29 de Julho, por telefone para o filho mais novo de Helena Lopes da Costa, e repetiram-se no dia 1 de Agosto para uma das filhas da deputada.
No dia 13 de Agosto, véspera da Festa do Pontal, o filho mais novo da deputada voltou a receber um novo telefonema, desta vez de uma mulher, e no dia seguinte foi perseguido perto de casa por um homem, tendo ainda sido inscrita a palavra «morte» no vidro do seu carro.
A deputada apresentou queixa na GNR e o carro do filho foi alvo de exame por parte da Polícia Judiciária, que recolheu impressões digitais, mas Helena Lopes da Costa pretende ir mais longe e falar com o presidente da Assembleia da República e com o Procurador Geral para sejam descobertos os autores das ameaças de morte aos seus dois filhos.