Francisco Louçã criticou o PSD, PS e CDS-PP por causa dos financiamentos vindos de algumas empresas, financiamento que, na opinião do dirigente do Bloco de Esquerda, não deveriam acontecer. Sobre o caso que envolve o PSD, Louçã sugeriu que Durão Barroso explique a questão.
Francisco Louçã criticou o PSD, o PS e o CDS-PP por causa dos «casos assustadores» que envolvem estes partidos nas suas relações com algumas empresas, tendo o dirigente do Bloco de Esquerda defendido que os partidos não devem ser financiados por empresas.
À margem de um comício do seu partido em Quarteira, Louçã recordou o caso SOMAGUE e o alegado financiamento ilegal do PSD, os dinheiros vindos do Brasil que o PS não consegue explicar e o caso Portucale, que envolve o CDS-PP.
Sobre o caso que envolve o PSD, o dirigente bloquista sugeriu que o actual presidente da Comissão Europeia e então líder do PSD, Durão Barroso, explique a situação, até porque «foi eleito para o Governo logo a seguir a ter recebido este dinheiro».
«O PS não explicou ainda de onde vêm os seus financiamentos do Brasil e agora o caso mais grave de todos, o do PSD onde 233 mil euros lhe teriam sido pagos, diz o Tribunal Constitucional, por uma empresa de construção civil, a SOMAGUE», acrescentou.
Por causa destes casos, Francisco Louçã concluiu que «os partido não podem ser financiados por empresas». «Quem paga quer comprar e quem compra, compra o interesse público», acrescentou.
Sobre esta questão, o dirigente do Bloco de Esquerda advertiu mesmo que «não pode haver um primeiro-ministro que dependa de uma conta de uma factura que ele deve a um construtor civil».
Louçã disse concordar com o actual a lei de financiamento dos partidos, considerando que «não é preciso outro sistema», mas sim «transparência e rigor»
O dirigente bloquista recordou também as propostas do seu partido no sentido do levantamento do segredo bancário dos responsáveis financeiros e dos dirigentes partidários para que se saiba onde está o dinheiro.