O primeiro-ministro assegurou que a decisão relativa à localização do novo aeroporto de Lisboa serátomada no início de 2008, tendo por base o relatório do LNEC. José Sócrates esclareceu ainda que a opção Alcochete não tinha sido estudada no passado por causa da utilização do Campo de Tiro.
O primeiro-ministro garantiu, este sábado, que o Governo vai decidir no início de 2008 a localização do novo aeroporto de Lisboa, com base no estudo que está a ser levado a cabo pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
À margem de uma cerimónia de entrega de computadores, José Sócrates confirmou que o LNEC «vai estudar a comparação» entre Alcochete e a Ota e explicou que a primeira opção não tinha sido estudada no passado por causa a utilização do Campo de Tiro local.
«A novidade é que a Defesa acha que a utilização do campo de tiro não é essencial para o cumprimento das suas missões de defesa», acrescentou o chefe do Governo.
Também presente nesta cerimónia esteve o ministro das Obras Públicas que confirmou que o relatório do LNEC apenas deve ser entregue em Setembro e que o que está em causa não são entraves ambientais, dado que qualquer projecto desta dimensão tem sempre problemas desta natureza.
«O que interessa saber é se é viável e o laboratório vai comparar as suas localizações do ponto de vista de custos, operacionalidade, da gestão do espaço aéreo e do ponto de vista ambiental também», acrescentou Mário Lino.
O titular da pasta das Obras Públicas adiantou ainda que «o que qualquer membro do Governo quer é que o aeroporto seja localizado no melhor sítio para o país».
Estas declarações surgiram no dia em que o jornal Expresso noticiou, citando fontes do LNEC, que o Campo de Tiro de Alcochete é viável como alternativa ao aeroporto da Ota.
«Não há nada que inviabilize a continuação dos estudos sobre a localização de um aeroporto em Alcochete», afirmou fonte deste laboratório ao Expresso.
O semanário adiantava ainda que o estudo do LNEC deverá ficar «pronto na primeira semana de Setembro, altura em que o relatório final será entregue ao Governo».
Nessa notícia do Expresso, o jornal cita o ministro Mário Lino como afirmando que «não tem preferência para a localização do aeroporto».