Dezenas de enfermeiros concentraram-se, esta segunda-feira de manhã, à porta do Hospital de Faro num protesto contra a precariedade no emprego. Há 160 enfermeiros do hospital que têm um futuro incerto.
O Sindicato dos Enfermeiros considera que há um novo vírus à solta: «os enfermeiros temporários». É o que diz o cartaz colocado à porta do hospital de Faro onde há 160 enfermeiros com vínculo de trabalho precário.
O sindicato afirma que desconhece as directrizes para o futuro destes trabalhadores a partir de Setembro, por parte do ministério, mas avisa que muitos serviços já estão a trabalhar com o mínimo de pessoal.
«Temos colegas em serviços de urgências onde há um enfermeiro para cada 30 doentes. Como é que se pode prestar cuidados de qualidade a estas pessoas, como é que se pode querer humanizar os cuidados?», questiona a vice-presidente do sindicato, Guadalupe Simões.
No Hospital de Faro há enfermeiros com vínculos precários há mais de três anos, e os contratos são renovados de três em três meses.
O sindicato denuncia ainda que, muitas vezes, a administração pressiona os enfermeiros a fazerem turnos consecutivos sem qualquer regalia e pondo em causa a qualidade dos serviços prestados.