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Cavaco mais convicto na conclusão do Tratado em Lisboa

O Presidente da República afirmou, esta qurta-feira, que da visita realizada às instituições europeias ficou «uma ideia mais forte» sobre a possibilidade de o Tratado Reformador poder ficar concluído durante a presidência portuguesa.

Aníbal Cavaco Silva falava numa conferência de imprensa conjunta com o presidente da Comissão Europeia, após um almoço de trabalho com o colégio de comissários, que assinalou o final de uma visita de três dias do chefe de Estado às principais instituições comunitárias em Estrasburgo e Bruxelas.

O Presidente da República apontou que «quer ontem (terça-feira) no Parlamento Europeu, quer hoje aqui no encontro na Comissão, o reconhecimento foi unânime quanto à importância de ultrapassar as questões institucionais para que a Europa possa concentrar os seus esforços na execução de políticas que reforcem a sua posição na cena internacional e que dêem resposta eficaz às preocupações dos cidadãos europeus».

Recordando a sua experiência no processo de construção europeia enquanto primeiro-ministro português (1985-1995), Cavaco Silva observou que, nos momentos de dificuldade, «vem sempre ao de cima a sabedoria dos líderes

europeus», e disse estar convicto de que tal voltará a acontecer na cimeira de Lisboa a 18 e 19 de Outubro, na qual a presidência portuguesa espera ver concluídas as negociações sobre o futuro Tratado.

Assinalando que as indicações sobre os trabalhos de negociações que se têm vindo a desenrolar a nível de peritos juristas dos 27 «são positivas», o Presidente da República reforçou que «é necessário encerrar este capítulo

institucional», sendo a Cimeira informal de Lisboa uma oportunidade que não deve ser desperdiçada.

Também o presidente da Comissão reafirmou a sua convicção de que será possível concluir as negociações sob presidência portuguesa, apontando que «está a haver uma vontade de todas as delegações de encontrar uma solução».

«Acredito sinceramente que vamos ter um Tratado de Lisboa, as condições estão aí», disse Durão Barroso, que desvalorizou a instabilidade política na Polónia, com a realização de eleições legislativas antecipadas, lembrando

que o compromisso de Junho passado foi assumido pelo país e pelo seu chefe de Estado, que continua em funções.

A principal prioridade de Lisboa na direcção dos 27 é a conclusão da redacção de um novo Tratado europeu, que deverá ser aprovado e assinado formalmente em Lisboa até ao fim do ano.

Redação