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Direita agita fantasma da insegurança, diz Sócrates

O secretário-geral do PS e primeiro-ministro, José Sócrates, acusou este sábado a direita de fomentar a insegurança sem razão e criticou a campanha para a liderança do PSD, considerando que se resume à troca de acusações.

Sócrates dirigiu-se à direita para afirmar que esta não terá a companhia do PS «na tentativa de agitar o fantasma da insegurança» e manifestou confiança nas forças de segurança portuguesas.

«É inaceitável que, na mira de obter eventuais favores imediatos de opinião, dirigentes políticos não hesitem em cultivar o mais vulgar populismo e em fomentar sentimentos de insegurança que não têm correspondência com a realidade», defendeu o primeiro-ministro.

José Sócrates, que falava no Parque das Nações na abertura de mais uma edição do Fórum Novas Fronteiras com o tema «Dois anos e meio de Governo - Oportunidades para todos» que marca a abertura do ano político por parte do PS, disse esperar «que Portugal continue a ser, como é, um país seguro».

«Estamos muito atentos a qualquer facto, por mais episódico que seja, que possa ameaçar a segurança de qualquer ponto do território nacional ou possa criar qualquer sentimento de insegurança», acrescentou.

O secretário-geral do PS pediu ainda apoio e respeito para as forças de segurança, lamentando seja colocada em causa a actuação das mesmas «sem nada que o justifique».

Sócrates defendeu que o tema da segurança foi introduzido pela direita por «desespero e falta de ideias», depois de no início da sua intervenção ter dedicado vários parágrafos a criticar a campanha para a liderança do PSD.

«Basta olhar à nossa volta para ver que há para aí muitos que ainda não mudaram de século», declarou.

A campanha social-democrata alegou, tem-se resumido a uma troca «infindável de ataques pessoais» com uma «completa ausência de ideias», de projectos e de uma alternativa política.

Redação