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Soares e Cavaco reunidos com «cordialidade»

Um encontro «cordial» entre pessoas que têm «boas relações». Foi foi desta forma que Mário Soares descreveu o encontro desta segunda-feira com o Presidente da República, que serviu para o antigo chefe de Estado, juntamente com o presidente-executivo da Galp, convidarem Cavaco Silva para assistir a um encontro sobre energia no próximo mês, em Lisboa.

O antigo presidente da República Mário Soares reuniu-se hoje, «com cordialidade», com o seu ex-adversário e sucessor em Belém para convidar Cavaco Silva a assistir a um encontro sobre energia, em Outubro, em Lisboa.

Esta é a primeira vez que os dois adversários das eleições presidenciais de 2006 se encontram numa audiência, que serviu para Mário Soares e o presidente da GALP, Manuel Ferreira de Oliveira convidarem Cavaco Silva a encerrar o I Lisbon Energy Forum 2007.

O fórum é uma iniciativa da Galp e da Fundação Mário Soares, reunindo, a 02 de Outubro, dirigentes das maiores petrolíferas do mundo, e que deverá coincidir com a assinatura de um acordo entre a GALP e a petrolífera da Venezuela, para o qual Soares terá ajudado a «abrir portas» devido às suas

boas relações com o presidente venezuelano, Hugo Chávez.

Mário Soares, que perdeu as presidenciais para Cavaco Silva, considerou «perfeitamente normais» e «cordiais» as «relações pessoais com o Presidente da República».

«Em democracia as coisas são assim. As pessoas discutem umas com as outras, têm divergências ou não, mas isso não tem nada a ver com as relações pessoais entre elas», afirmou Mário Soares.

Para o ex-presidente e fundador do PS disse que «só na cabeça de alguns dos senhores jornalistas» é que pode «causar confusão» as «boas relações» entre os dois políticos.

Mário Soares afirmou ter sido esta «a primeira vez que se proporcionou ter razões para pedir ao senhor Presidente da República uma audiência para uma questão que diz respeito ao país».

O presidente executivo da GALP, Manuel Ferreira de Oliveira, não confirmou a assinatura do acordo entre a empresa e a petrolífera do país de Hugo Chávez, mas admitiu a ajuda de Mário Soares neste processo.

«O mundo é hoje tão complexo e os desafios da economia global são tão grandes que precisamos da ajuda de todos. E o dr. Mário Soares ajudou-nos alguma coisa», afirmou Ferreira de Oliveira.

Redação