Joaquim Magalhães Mota, um dos três fundadores do PSD, faleceu, esta quarta-feira, vítima de doença prolongada. Este advogado que integrou a Ala Liberal fundou em 1974 o então PPD, a par de Pinto Balsemão e Sá Carneiro.
Joaquim Magalhães Mota, um dos três fundadores do PSD, faleceu, esta quarta-feira, no Hospital da Luz, vítima de doença prolongada.
Nascido em Santarém, em 1935, este advogado pertenceu à Ala Liberal, tendo sido parlamentar da Assembleia Nacional de 1969 a 1973.
Em 1974, foi um dos três fundadores do então PPD, a par de Sá Carneiro e de Pinto Balsemão, tendo pouco depois exercido vários cargos ministeriais.
Em 1975, foi ministro da Administração Interna do I Governo Provisório, liderado por Palma Carlos, tendo depois sido ministro sem pasta, nos II, III e IV Governos Provisórios, todos chefiados por Vasco Gonçalves.
Em Setembro de 1975, assumiu as funções de ministro do Comércio Interno do VI Governo Provisório, assumindo depois a função de secretário-geral do PSD, cargo que exerceu até Janeiro de 1978.
Entre 1976 e 1979 foi deputado na Assembleia da República pelo PSD, surgindo depois no Parlamento como independente, pela Associação Social-Democrata Independente (ASDI), onde esteve com Sousa Franco.
O corpo de Magalhães Mota estará em câmara ardente a partir das 16:00 na Basílica da Estrela, onde será celebrada às 14:30 de quinta-feira uma missa de corpo presente, seguindo-se o funeral parao Cemitério do Alto de S. João, em Lisboa.
Em reacção, Luís Filipe Menezes recordou Magalhães Mota como um homem «combativo» ao serviço do PSD.
Em declarações à TSF, Marques Mendes lembrou que o antigo fundador exerceu um papel fundamental nos primeiros anos do partido.
«Teve um papel especialmente relevante em 1975 quando o dr Sá Carneiro esteve doente e se realizaram as primeiras eleições para a Assembleia Constituinte foi o dr Magalhães Mota que dirigiu o partido, foi também ele nesses anos a seguir à revolução quem sempre representou o PSD nos Governos provisórios e teve em todos esses anos uma marca muito forte de coragem, de carácter, de capacidade de luta, de uma enorme dedicação», realçou.
Por seu lado, Eurico de Melo disse ter boas recordações de Magalhães Mota, sublinhando tratar-se de um homem «inteligente».