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CDS-PP quer ouvir Correia de Campos e presidente do IDT sobre associação Ares do Pinhal

O CDS-PP quer ouvir no Parlamento o ministro da Saúde e o presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) por alegadas ligações suspeitas entre o Estado e uma associação privada que domina a gestão de equipamentos de apoio a toxicodependente.

O CDS-PP quer ouvir no Parlamento o ministro da Saúde e o presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT) sobre as alegadas ligações à associação que domina a gestão de equipamentos para toxicodependentes, Ares do Pinhal.

De acordo com a edição deste domingo do jornal Público, a Ares do Pinhal é presidida por um alto quadro do IDT, Nuno Silva Miguel, e nunca foi sujeita a concurso público.

O presidente do IDT, João Goulão explica que o concurso só vai ser lançado no final do ano porque não existia, até agora, regulamentação para isso.

Segundo o jornal, a Ares do Pinhal, que gere quase todos os equipamentos que dão apoio a toxicodependentes marginalizados na cidade de Lisboa, recebe verbais anuais da ordem dos 1,5 milhões de euros (a maioria proveniente do IDT), 75 por cento das quais são destinadas a remunerações.

Ouvido pela TSF, o porta-voz do CDS-PP e deputado Nuno Melo defendeu ser «importantíssimo» que o ministro da Saúde e João Goulão expliquem no Parlamento a relação entre o Estado e a Ares do Pinhal.

Entre outras questões, o CDS-PP quer saber quem está de facto a pagar os salários da empresa privada e que montantes estão a ser atribuídos sem concurso à Ares do Pinhal.

O CDS-PP quer, assim, alargar a audição - pedida por si e aprovada por unanimidade - do ministro da Justiça, Alberto Costa, sobre o programa de troca de seringas nas prisões, ao ministro Correia de Campos e ao presidente do IDT.

A audição de Alberto Costa está marcada para 17 de Outubro na Comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais mas, se não for possível uma audição conjunta, o CDS-PP admite ouvir Correia de Campos e João Goulão numa outra comissão parlamentar ou utilizar o seu direito potestativo de impor audições de responsáveis governamentais ou de organismos públicos.

Redação