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Dono do ilhéu da Pontinha quer independência

Os proprietários do principado da Pontinha, a cerca de 70 metros da ilha da Madeira, exigem a independência. O principado é uma pequena porção de terra onde cabe um pequeno forte e pouco mais.

O principado da Pontinha é um pedaço de terra a setenta metros da ilha da Madeira. Reza a história que foi no forte do ilhéu - o forte de São José, com cerca de 178 metros quadrados - que se refugiaram, em 1419, os descobridores João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz se refugiaram antes de entrarem a ilha grande.

Passam os séculos e, em 1903, o Estado acabou por vender o forte, uma operação selada em carta régia assinada pelo rei D. Carlos.

Desde a foram várias as vendas, até que no ano 2000 o actual proprietário, Renato Barros, o compra por nove mil contos. É ele que inicia o processo para reconhecimento do principado.

«Quando um indivíduo sente que, ao seu lado, existem espaços idênticos e não é tratado da mesma maneira, só sente que não pertence à mesma família. Foi quando me apercebi que, pela maneira como estava a ser tratado pela Estado português, não fazia sentido estar a fazer uma data de pedidos», explica Renato Barros.

O proprietário diz que o ilhéu tem todas as condições para ser Estado, porque tem povo e porque tem lei: «Tem a sua própria constituição, respeita fundamentalmente as Nações Unidas, e tem a minha família, que é constituída por quatro pessoas e portanto já é povo, já é plural».

O forte de São José não tem água nem luz, e não vive lá nenhuma pessoa, mas pode ser visitado através da Internet no endereço http://www.fortesaojose.com.

À TSF, o historiador Alberto Vieira reconhece que este ilhéu, um dos primeiros portos do Atlântico, «teve algum significado nomeadamente ao nível da defesa da baía do Funchal».

Redação