A directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, Cândida Almeida, adianta à TSF que o Ministério Público tem matéria para acusar alguns dos suspeitos da «Operação Furacão».
O Ministério Público vai mesmo avançar com a acusação de alguns dos cerca de 200 arguidos deste mega-processo que investiga instituições do sector financeiro, empresas e particulares por suspeitas de fraude fiscal qualificada, burla, abuso de confiança e branqueamento de capitais.
A garantia foi dada à TSF por Cândida Almeida, directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal.
«Conforme o comunicado que foi emitido pela Procuradoria-geral neste primeiro passo vamos limpar ou sanear o processo definindo a situação processual daqueles que já pagaram os montantes em dívida. Numa segunda fase iremos apurar os responsáveis que têm de ir a julgamento», afirmou.
A responsável não adiantou prazos, mas assegurou que há a máxima urgência em ver o processo terminado.
«Temos 25 peritos a tempo inteiro dedicadíssimos ao trabalho de perícia, há uma equipa de cinco magistrados, dois funcionários, cinco administrativos em exclusividade a trabalhar para o processo. Temos a maior urgência em terminá-lo», adiantou.
A «Operação Furacão» teve início no final de 2005, com investigações ao BES, Millennium BCP, Banco Português de Negócios e Finibanco.