O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público entende que o Procurador-geral da República está «mais esclarecido» do que quando iniciou as suas funções há um ano. Já o presidente da Associação Sindical dos Juízes considera que Pinto Monteiro vai ter desafios pela frente no futuro.
O presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público considerou que o Procurador-geral da República está hoje «mais esclarecido» do que há um ano altura em que iniciou as suas actuais funções.
«A actuação do Procurador-geral tem sido consensual, porque se tem visto que pretende pôr o Ministério Público a funcionar. Vamos ver perante os casos que se têm desenvolvido, perante os processos concretos que estão em cima da mesa, perante as dificuldades que se têm encontrado se essa consensualidade se mantém», explicou António Cluny.
Apesar da consensualidade que tem visto na actuação de Pinto Monteiro, o presidente deste sindicato indicou que «infelizmente parece haver alguns sinais de que não é assim tão fácil» manter esta consensualidade, até por alguma «insatisfação» que o Procurador-geral da República tem demonstrado.
O presidente da Associação Sindical dos Juízes fez uma apreciação positiva do primeiro ano de Pinto Monteiro na liderança da Procuradoria-geral da República, apesar de prever que Pinto Monteiro terá de enfrentar alguns desafios no futuro.
«O principal desafio vai ser conseguir que, com estas alterações que existiram no domínio do Processo Penal e em toda a estrutura do Ministério Público, consiga adaptar-se e superar esta nova situação legislativa e os problemas de vária natureza que ela vai levantar à estrutura do Ministério Público», explicou António Martins.
Uma das medidas mais emblemáticas tomadas por Pinto Monteiro foi a nomeação da procuradora-geral adjunta Maria José Morgada, que depois de ter concluído o processo Apito Dourado, foi escolhido para liderar a investigação aos processos que envolvem a Câmara Municipal de Lisboa.