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Sócrates não tem medo dos sindicatos

De visita à Covilhã, José Sócrates diz que não tem medo dos sindicatos e, com ironia, afirma que até iria sentir falta dos sindicalistas do PCP se eles deixassem de o acompanhar com protestos.

Após a polémica da alegada visita da polícia ao Sindicato de Professores da Covilhã [que estão a promover uma manifestação para esta terça-feira nos locais por onde o primeiro-ministro vai passar], José Sócrates disse hoje aos jornalistas que não tem medo das manifestações.

O primeiro-ministro defendeu que estas manifestações se realizam há 30 anos contra todos os primeiros-ministros, organizadas sistematicamente por «alguns sindicatos e em particular pelos sindicatos afectos ao PCP», e salientou que até sentiria a sua falta se deixassem de se realizar.

Alegando que existe «instrumentalização dos sindicatos para efeitos partidários», o primeiro-ministro salientou que «sejam ou não instrumentalizados, todos têm o direito de se manifestar».

«Perante uma manifestação, o máximo que posso dizer é humildemente que discordo do ponto de vista e esperar que as manifestações decorram com civismo», disse.

O primeiro-ministro afirmou mesmo que «sentiria a falta» das manifestações do PCP se elas deixassem de o acompanhar e acrescentou, com ironia, que até ajudou o PCP da Covilhã a recolher dados para o próximo protesto, fornecendo a hora exacta em que ia visitar a escola Frei Heitor Pinto.

Redação