A direcção do PS-Madeira esteve, esta quinta-feira à tarde, na Procuradoria-Geral da República onde entregou documentos que alegadamente provam eventuais ilegalidades cometidas pelo PSD do arquipélago.
A corrupção e o tráfico de influências fazem parte do dia-a-dia madeirense. A acusação é do líder do PS Madeira. Jaime Leandro diz que as relações promíscuas entre políticos e empresários, com a complacência do aparelho judicial, são uma prática corrente.
«Essa realidade tem negócios com contornos pouco claros, negócios entre deputados que de manhã são legisladores e à tarde beneficiam da legislação que aprovam de manhã, entre presidentes de câmara e outros agentes da política regional», acusa Jaime Leandro.
«Há aqui uma realidade política e económica que tem de ser pensada, por isso pedimos ao Procurador-geral [Pinto Monteiro] a reorganização do Ministério Público da Madeira e a criação de uma delegação do DIAP na Madeira», explica o líder do PS-Madeira.
O secretário-geral do PS da Madeira, Jaime Leandro, diz que o poder político acaba por dominar o poder judicial: «Nós conhecemos casos em que o profissionalismo de alguns agentes do Ministério Público deixa muito a desejar: há arquivamentos inexplicáveis, prescrições de processos que tinham tudo para ter um desfecho e que acabam por ser esquecidos».