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Mota Amaral diz que é preciso «unir esforços»

O ex-presidente da Assembleia da República Mota Amaral confirmou este sábado, em Torres Vedras, ter aceite o convite para encabeçar a lista de Luís Filipe Menezes ao conselho nacional.

Mota Amaral aceitou o convite, que lhe foi dirigido por Luís Filipe Menezes numa conversa entre os dois, porque nesta altura é preciso unir esforços.

«Na fase em que nos encontramos é preciso unir esforços para desempenhar com todo o vigor a nossa função de primeiro partido da oposição», disse Mota Amaral, adiantando que é necessário encontrar uma «alternativa» para as eleições de 2009.

Este social-democrata defendeu ainda que os militantes devem estar «disponíveis para colaborar com os dirigentes do partido».

«Luís Filipe Menezes foi eleito numas eleições muito disputadas, mas que foram absolutamente transparentes, ele obteve uma vitória nítida», acrescentou.

Mora Amaral garantiu ainda que a lista do conselho nacional, que encabeça, vai ser plural que «abrangerá representantes de todas as correntes do partido, porque todos devem ser mobilizados para as tarefas importantes» do PSD.

O XXX Congresso do PSD, que está reunido em Torres Vedras desde sexta-feira, termina amanhã com a eleição dos novos órgãos nacionais.

Até ao momento foram anunciadas duas listas para o Conselho Nacional: a encabeçada por Mota Amaral e afecta ao novo líder, e uma constituída por apoiantes do ex-presidente, Marques Mendes, liderada por Castro Almeida, presidente da Câmara de S. João da Madeira.

Castro Almeida justificou a criação desta lista com a necessidade de defender políticas como o combate à corrupção e a descida dos impostos.

Apoiante de Marques Mendes nas directas de 28 de Setembro, o também ex-secretário de Estado de Cavaco Silva garantiu, numa intervenção no XXX Congresso do PSD, não se ter arrependido da sua opção.

«Voltaria a votar da mesma forma por uma questão de convicção», garantiu, deixando também claro que para si o importante agora é, «sem calculismos ou tacticismos, o sucesso» do PSD.

«Ninguém precisa de mudar de convicções. Deve é colocá-las ao serviço do partido», disse.

Face a um governo «revanchista, autoritário e controleiro», o importante, para Castro Almeida, é «ter coragem».

«Os nossos colegas da Madeira já sentiram isso na pele. Por isso é que o PSD deve ser um partido radicalmente diferente, um partido de princípios e valores e não de cartel e de interesses», realçou.

Redação