Um incidente marcou, esta manhã, o Congresso do PSD, em Torres Vedras. Luís Filipe Menezes preparava-se para votar nas listas aos órgãos nacionais do partido, quando foi impedido de o fazer porque perdeu esse direito ao ser eleito líder nas directas, como prevêem os novos estatutos e regulamentos.
Guilherme Silva, o cessante presidente do Conselho de Jurisdição social-democrata, explicou os motivos que levaram a este cenário.
«É uma situação que resulta desta nova forma de escolha do presidente do partido, em que há uma eleição directa desfasada em relação ao Congresso e portanto gera esta situação. Estamos num processo novo, que poderá ter aperfeiçoamentos. Essa será uma questão a ponderar no futuro, mas temos que aplicar os regulamentos em vigor», afirmou.
O líder Luís Filipe Menezes não é caso único, porque este regulamento se aplica a todos os novos titulares de cargos nos órgãos do partido. A única excepção vai para os elementos da mesa do Congresso.
Guilherme Silva, explicou que «num congresso em que há delegados, são os delegados que têm direito de voto».
Em virtude das eleições directas de 28 de Setembro, Menezes apresentou-se ao congresso não já como delegado, como aconteceu em congressos anteriores, mas como presidente eleito.