O porta-voz do Partido Socialista, Vitalino Canas, é da opinião que o discurso de encerramento de Luís Filipe Menezes foi «desconexo» em assuntos como a regionalização e a revisão constitucional.
Vitalino Canas considera que criar uma nova Constituição, como propõe Luís Filipe Menezes, não é nesta altura uma «prioridade para os portugueses».
«Os portugueses desejam verdadeiramente que o país se modernize, que haja desenvolvimento económico e progresso, o que passa pela melhorias ao nível da Saúde, da Educação e do Estado social», defende.
Para o dirigente socialista, Menezes fez um «discurso desconexo a procurar satisfazer todos e mais alguns», dirigindo-se a «todos os sectores da sociedade
civil», mas sem «dar uma lição de rumo segura».
Vitalino Canas exemplifica: «Durante este congresso já ouvimos Luís Filipe Menezes dizer que era a favorável à regionalização, já ouvimos falar da realização de um referendo e agora, pelos vistos, vê que o que tem a fazer é criar maneira de se criarem regiões».
No plano das obras públicas, Vitalino Canas caracteriza como «bem-dita» a «mensagem» de Menezes, ao deixar a ideia de que defende o projecto da alta velocidade para Portugal e a construção do novo aeroporto de Lisboa, previsto para a Ota, o que significa que «o PSD vai reentrar nesse consenso».
No entanto, para Vitalino Canas, Menezes «não convenceu o partido».