O ministro da Administração Interna desloca-se esta terça-feira ao Parlamento para prestar esclarecimentos sobre a visita de elementos da PSP a uma sede sindical na Covilhã, quatro dias depois de ter arquivado o caso, após inquérito. O deputado do PSD, Paulo Rangel, diz que há muitos elementos no caso que importa clarificar.
A audição do ministro da Administração Interna na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais foi requerida pelo PSD, Bloco de Esquerda e PCP, que pretendem mais esclarecimentos sobre a deslocação de dois agentes da PSP à sede do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC) na Covilhã.
O caso foi arquivado pelo Governo, depois de investigado pela Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI), mas oposição pediu mais esclarecimentos.
Ouvido pela TSF, o social-democrata Paulo Rangel diz que há muitos elementos no processo que precisam de esclarecimentos, nomeadamente, «em que medida certos comportamentos do Governo estão a ser cúmplices, ou de alguma maneira coniventes com este tipo de actuações».
Paulo Rangel defende ainda que falta explicar a actuação e as declarações da Governadora Civil, «em certo sentido contraditórias com o que se apurou no inquérito».
Na sexta-feira, ministro Rui Pereira deu como encerrado o caso, arquivando o relatório preliminar que pedira à Inspecção-geral da Administração Interna.
«Não há indício de qualquer facto ilícito. Por conseguinte, não há lugar à instrução de processo de inquérito ou processo disciplinar», escreveu o ministro no despacho.
O relatório preliminar da IGAI conclui que os dois polícias que se deslocaram à delegação da Covilhã do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC), para apurarem se estava prevista alguma acção de rua durante a visita do primeiro-ministro à cidade, não cometeram qualquer ilegalidade.