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Menezes diz que PSD vai votar contra

O líder do PSD revelou, esta quinta-feira, que o partido irá votar contra o Orçamento de Estado (OE) para 2008, reiterando a intenção de apresentar propostas alternativas à discussão do documento no Parlamento. Luís Filipe Menezes garantiu ainda que Santana Lopes tem toda a sua confiança política.

Questionado no programa Grande Entrevista da RTP 1 se o PSD irá votar contra o OE para 2008, Luís Filipe Menezes respondeu de forma taxativa: «Evidentemente.»

Apesar do voto contra, o novo líder do PSD adiantou que os sociais-democratas irão apresentar propostas alternativas, nomeadamente projectos que apontam para «o relançamento da economia mas também para a redução drástica da despesa pública».

Ainda acerca do OE para 2008, Luís Filipe Menezes insistiu na necessidade de se «definir as fronteiras» das funções do Estado e, depois disso, «partir para o pacote dos recursos humanos», que deverá abranger as hipóteses de

reformas antecipadas e requalificação dos funcionários públicos, assim como apostar no relançamento do investimento público.

Durante a discussão do OE para 2008, continuou, o PSD irá também aproveitar para «perguntar ao PS quais são os seus critérios para baixar os impostos».

«Não somos por esta loucura de carga fiscal», sublinhou Luís Filipe Menezes, admitindo, contudo, que o PSD não pode neste momento defender a redução da carga fiscal «por culpa do PS», pois isso iria conduzir a «um défice brutal no próximo ano».

Menezes garante confiança política em Santana

Na entrevista, Filipe Menezes garantiu ainda que o novo presidente da bancada social-democrata tem toda a sua confiança política, sublinhando que Santana Lopes já demonstrou que «sabe ser humildemente um número dois muito leal».

Menezes apontou «três bons motivos» para ter Santana Lopes na liderança da bancada parlamentar do PSD, uma vez que ele próprio não está na Assembleia da República, já que não é deputado.

Como primeiro «bom motivo», Luís Filipe Menezes apontou «o excelente Exemplo» que existe do tempo em que Marcelo Rebelo de Sousa era líder do PSD e também não era deputado, estando a liderança parlamentar entregue a Luís Marques Mendes.

Por outro lado, acrescentou, é «muito pedagógico» que as pessoas que já exerceram altos cargos, como é o caso de Santana Lopes, que já chefiou o Governo, voltem ao Parlamento, além de que é preciso levar o PS «a revisitar o passado recente».

Redação