O Presidente da República quer apenas pronunciar-se sobre a forma de ratificação do Tratado Europeu após conhecer as posições do Governo e da Assembleia da República. Cavaco Silva saudou ainda este acordo que classificou como «histórico».
O Presidente da República afirmou, este sábado, que apenas se irá pronunciar sobre a forma de ratificação do Tratado Reformador da União Europeia apenas depois de conhecer a posição do Governo e do Parlamento.
À margem da inauguração do Museu do Neo-realismo, em Vila Franca de Xira, Cavaco Silva disse que irá «aguradar pela posição do Governo e da Assembleia da República», cabendo-lhe depois «tomar a decisão final».
O Chefe de Estado aproveitou ainda para comentar o acordo alcançado na sexta-feira na Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da UE, considerando que este acordo é um «resultado histórico».
«Nada teria sido possível sem o empenhamento e o trabalho excelente realizado pela presidência portuguesa, que desde o início considerou a aprovação do tratado como um verdadeiro desígnio europeu», explicou.
Cavaco Silva felicitou, por isso, «o primeiro-ministro e o seu Governo pela determinação para conseguir um compromisso a 27 que consegue colocar Lisboa na rota das grandes decisões políticas da integração europeia».
O Presidente da República considerou ainda que com este acordo foi possível «ultrapassar o impasse institucional», o que permite agora à União concentrar-se em «problemas que preocupam os cidadãos europeus».
Segundo Cavaco Silva,, entre esses problemas estão o «emprego, o crescimento económico, a globalização e as alterações climáticas».
Para o Chefe de Estado, a União Europeia fica também com mais liberdade para «uma participação mais activa na cena internacional no sentido de alcançar a paz, o desenvolvimento económico e a estabilidade».