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Afirmações de Pinto Monteiro são «incompreensíveis»

A polémica provocada pela entrevista do Procurador-Geral da República continua a fazer-se sentir. Na RTP, Marcelo Rebelo de Sousa considerou as declarações de Pinto Monteiro «incompreensíveis». Também o PCP, a par do CDS-PP, querem esclarecimentos de Pinto Monteiro no Parlamento.

As ondas de choque provocadas pela entrevista do Procurador-Geral da República continuam a fazer-se sentir.

Depois do CDS-PP, também Jerónimo de Sousa, em nome do PCP, defendeu no domingo à noite que deve ser dada a possibilidade a Pinto Monteiro de ir ao Parlamento para esclarecer melhor o alcance das suas palavras.

Jerónimo de Sousa referia-se, por exemplo, ao facto de Pinto Monetiro ter admitido ter o telemóvel sob escuta.

Ontem à noite, no programa habitual da RTP, Marcelo Rebelo de Sousa considerou também «incompreensíveis» estas e outras declarações do PGR feitas ao semanário «Sol», como, por exemplo, quando Pinto Monteiro afirmou que o Ministério Público é um poder «feudal», onde existe o «conde, o visconde, a marquesa e o duque».

Para Marcelo Rebelo de Sousa, estas afirmações não podem ser feitas desta maneira, sublinhando que «há duas coisas que o PGR não pode dizer».

«Primeiro, ele (Pinto Monteiro) não pode dizer 'eu mando numa casa onde ninguém manda; segundo, ele não pode dizer 'eu ouço barulhos no telefone e, portanto, estou a ser escutado, porque ele é o número um de uma instituição que, para ser respeitada e levada a sério tem que ver com a execução de muitas das escutas», considerou.

Marcelo critica equipa de Santana Lopes

No programa da RTP, Marcelo Rebelo de Sousa criticou também os nomes escolhidos por Santana Lopes para a liderança da bancada parlamentar do PSD, considerando que se trata de uma equipa «fraca» e, por isso, a votação que mereceu.

Em reacção a estas críticas, o secretário-geral do PSD, Ribau Esteves, disse à TSF que a nova direcção «não vai aturar as dores» de Marcelo Rebelo de Sousa.

Redação