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Comunistas retiram confiança a Luísa Mesquita

O PCP retirou a confiança política à deputada Luísa Mesquita não só enquanto deputada, mas também enquanto vereadora da Câmara Municipal de Santarém. O partido poderá ainda vir a aplicar outras sanções a esta parlamentar. Luísa Mesquita já garantiu, entretanto, que vai cumprir o seu mandato de deputada no Parlamento.

O PCP retirou a confiança política à deputada Luísa Mesquita devido ao comportamento da parlamentar que desde 2006 se recusa a abandonar o parlamento, tal como lhe foi pedido pelo partido.

O comité central do partido retirou a confiança política a Luísa Mesquita enquanto deputada e vereadora da Câmara Municipal de Santarém, devendo agora a Organização Regional de Santarém analisar outras possíveis sanções.

«Os organismos competentes para o efeito, designadamente a Direcção da Organização Regional de Santarém, examinarão a atitude a adoptar face à reiterada e inaceitável violação dos Estatutos por parte de Luísa Mesquita», acrescentou o partido em comunicado.

Em finais de Setembro, a deputada apresentou uma agenda paralela sobre educação no dia em que decorriam as jornadas parlamentares do partido, que os comunistas entendem como sendo um «desafio directo» ao PCP.

O PCP entende ainda que esta atitude vem na sequência de uma posição de «crescente afrontamento» que também tem sido consubstanciado em várias declarações da deputada que têm atingido o partido.

Luísa Mesquita garante que vai cumprir mandato

Apesar do PCP lhe ter retirado a confiança política, Luísa Mesquita garante que vai cumprir o seu mandato de deputada no Parlamento e manter-se como vereadora na Câmara Municipal de Santarém até 2009.

«A minha decisão está tomada, foi tomada em Novembro de 2006, irei continuar como vereadora na Câmara Municipal de Santarém até 2009 e como deputada na Assembleia da República até 2009», assegurou.

Quanto ao estatuto em que irá manter o cargo de deputada - uma vez que deixou de representar politicamente o PCP - Luísa Mesquita disse ainda ter de fazer uma reflexão, mas admite assumir o estatuto de deputada independente.

Redação