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Mário Lino vai dar «vista de olhos» no estudo da CIP

O ministro das Obras Públicas admite que ainda não leu o estudo da CIP sobre o novo aeroporto, que aponta Alcochete como melhor localização para a infra-estrutura, mas garante que vai dar «uma vista de olhos» ao documento.

À margem da assinatura de um memorando de entendimento para a Criação da Comunidade das Autoridades de Aviação Civil Lusófonas, Mário Lino explicou que «o Ministério [das Obras Públicas] recebe todos os dias muitos estudos». «Não tenho tempo para estar a ler, mas não é por menos interesse», justificou o ministro.

«Ainda não tive tempo de ler o estudo», admitiu Mário Lino, sublinhando que «certamente» lhe dará «uma vista de olhos».

A Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) apresentou na quarta-feira o estudo sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa, que defende a construção da infra-estrutura no Campo de Tiro de Alcochete, a cerca 30 quilómetros de Lisboa, numa zona plana, ocupada sobretudo por eucaliptos, em que «mais de 94 por cento dos terrenos são propriedade do Estado».

Mário Lino disse que o estudo, coordenado pelos professores universitários José Manuel Viegas e Carlos Borrego «foi imediatamente enviado para o Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), porque certamente que essa informação terá relevância», uma vez que foi elaborada por técnicos «competentes».

A decisão final sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa está agora dependente do estudo comparativo entre a Ota e Alcochete que o LNEC está a efectuar e que deverá estar concluído até 12 de Dezembro.

No entanto, «o Governo manter-se-á sempre intransigente relativamente à melhor solução que houver, com base nos estudos que existirem», garantiu Mário Lino, acrescentando que o Governo «quer que o aeroporto fique na melhor localização possível para o país».

Redação