O primeiro-ministro considerou que Portugal não tem qualquer «complexo de inferioridade com Espanha». Para José Sócrates, Portugal «não tem necessidade de protagonismo» quando participa em eventos como a Cimeira Ibero-Americana.
O primeiro-ministro português considerou que «Portugal não tem qualquer complexo de inferioridade com Espanha», quando questionado sobre a pouca visibilidade de Portugal durante a Cimeira Ibero-Americana, que terminou este sábado em Santiago do Chile.
«Quando Portugal participa nestas cimeiras cumpre o seu dever, não tem nenhuma necessidade de protagonismo ou de afirmação que caracteriza os países com complexo de inferioridade», afirmou José Sócrates.
Sobre esta questão pronunciou-se também o Presidente da República para dizer que a desde a primeira destas cimeiras, em 1991, que os países latino-americanos «consideraram essencial a presença de Portugal por uma questão de equilíbrio, não só por Portugal, mas pensando também no país irmão que é o Brasil».
«Compreende-se que a Espanha disponibilize meios financeiros mais fortes que Portugal, mas penso que isso não põe em causa a influência que, em determinadas áreas, Portugal pode continuar a exercer na América Latina», frisou Cavaco Silva.
Sobre a Cimeira União Europeia/América Latina, José Sócrates disse que esta terá como prioridade o desenvolvimento e os desafios ambientais colocados pelas alterações climáticas.
O primeiro-ministro adiantou ainda que os temas que vão dominar esta cimeira agendada para o primeiro semestre de 2008, em Lima, capital do Peru, «são da maior importância».
Já no que respeita a cimeira ibero-americana, Sócrates destacou o acordo relativo às pensões que permitirá a contabilização de contribuições para a segurança social feitas dentro do espaço ibero-americano, acordo que beneficiará cerca de um milhão de portugueses.