O presidente do PSD quer que se discuta a política salarial para a Administração Pública não por um ano mas até ao fim da próxima legislatura, até 2013. Luís Filipe Menezes propos ainda a privatização do sector do Ambiente.
O presidente do PSD defendeu que a discussão da política salarial para a Administração Pública até 2013 deve ser feita não pelos funcionários públicos e Governo, mas também pelos parceiros sociais.
No encerramento do congresso dos Trabalhadores Sociais-democratas, Luís Filipe Menezes considerou que este diálogo não deve ser feito ano a ano, como actualmente acontece, para que não haja todos os anos uma «querela» nesta questão.
Menezes entende que é preciso imaginação e criatividade para conseguir um diálogo nestes moldes, um diálogo que deve associar política salarial à reforma da Administração Pública.
No seu discurso, o líder social-democrata aproveitou ainda para reeditar a proposta de acordo parlamentar sobre investimentos públicos a realizar a médio prazo, um acordo que classificou de «medida razoável, rigor e transparência».
Menezes adiantou ainda que o PSD tem «sentido de Estado» e que por isso vai honrar todos os acordos que já existem com o PS nas áreas da Justiça, integração europeia e segurança interna.
Luís Filipe Menezes lançou ainda o repto ao ministro do Ambiente para fazer a privatização do sector do ambiente, isto dias depois de Nunes Correia ter prometido que não estava prevista a privatização da empresa Águas de Portugal.
«Faça-a-já. É bom para a economia portuguesa, é bom para os trabalhadores portugueses, até porque tem uma vantagem: se a fizer já, são os privados que vão financiar na banca para os investimentos que falta fazer», explicou.
Caso isto não aconteça, adiantou Menezes, o ministro do Ambiente terá de afectar recursos do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para fazer investimentos relacionados com água e saneamento.