Um deputado do PSD-Madeira defendeu a independência da região caso não haja aumento das competências legislativas com a revisão constitucional de 2009. À TSF-Madeira, Gabriel Drummond diz que o primeiro-ministro e o Presidente da República têm culpa nesta situação.
Um deputado do PSD Madeira defendeu, este domingo, a independência do arquipélago caso a revisão constitucional para 2009 não acolha as propostas do parlamento regional para o aumento das suas competências legislativas.
«A minha atitude pessoal, e vou convencer convencer outras pessoas, é declararmos unilateralmente a independência na Assembleia Legislativa da Mdeira», acrescentou Gabriel Drummond.
Em declarações à TSF-Madeira, este deputado do parlamento regional da Madeira, que disse fazer estas declarações a título pessoal, lembrou ainda que «não somos os parolos da aldeia como eles pensam».
O actual presidente do Fórum de Autonomia da Madeira justificou esta posição por entender que o Governo liderado por José Sócrates «tem um ódio ao povo madeirense e atenta contra a unidade nacional e em resposta a isto tem que haver consequências».
«É um país que nos trata brutalmente, rouba-nos e nos trata à sapatada», acrescentou este ex-presidente da câmara de São Vicente, que defende que o povo madeirense tem de dizer que se quer seguir o seu curso ou se prefere continuado ligado a Portugal.
Para além de responsabilizar o primeiro-ministro por uma eventual declaração de independência da Madeira, Gabriel Drummond lembrou que o Presidente da República «também tem culpa nisto».
Este parlamentar entende que Cavaco Silva não pode ser desculpabilizado desta questão uma vez que não vetou a Lei das Finanças Regionais que «sufoca o povo da Madeira».
Na entrevista, Drummond explicou ainda que um eventual caminho rumo à independência da Madeira não será feito através da «guerra», mas do «diálogo» do qual assegurou que vai ser um dos protagonistas.